domingo, 18 de junho de 2017



MEROVÍNGIOS E CAROLÍNGIOS


Nos séculos IV e V, e ao longo dos séculos posteriores, a limes romana foi sucessivamente invadida por tribos germânicas, as quais originaram diversos reinos. Entre esses reinos, apenas os francos foram duradouros.

Sua primeira dinastia foi a dinastia Merovíngia, que deve seu nome a Meroveu, e surgiu na história com as vitórias de seu filho Childerico. O filho de Childerico, Clóvis, conseguiu unir sob seu controle a maior parte da Gália ao norte do Loire por volta de 486, quando ele derrotou Siágrio, o governante romano daquela região. Clóvis, anexou vários territórios em batalhas, e em 496, deu um passo importante para fortalecer seu poder real, convertendo-se ao cristianismo, ganhando o apoio da Igreja e da maior parte da população da Gália, constituída por cristãos. Fato que também contribuiu para aumentar a integração entre conquistadores e conquistados.

Após a morte de Clóvis, seu reino foi dividido entre seus quatro filhos, como era costume entre os francos. A tradição da divisão do reino entre os herdeiros continuaria no século seguinte. Mesmo quando mais de um rei merovíngio governava, o reino era concebido como uma entidade única governada coletivamente por vários reis - em seus próprios domínios - e a sequência de eventos poderia resultar na reunificação de todo o reino sob um único rei.

Um processo muito comum durante a idade média, enfraqueceu o poder da dinastia. Por serviços prestados ao rei, como recompensa, as terras do reino eram distribuídas para o clero e a nobreza. O que aos poucos acarretou numa perda de poder real nessas terras, que se submeteram aos senhores feudais.

O poder transferiu-se para os prefeitos do palácio (major domus). Destacando-se no cargo, Carlos Martel, barrando a expansão árabe em 732. Seu filho Pepino o Breve, com o apoio papal depôs o último soberano merovíngio, Childerico III, iniciando a dinastia Carolíngia. Em retribuição ao apoio, cedeu território a Igreja, que deu origem aos Estados Pontifícios (na Itália).

Em 768, Carlos Magno, filho de Pepino e o mais famoso e importante dos reis francos, assumiu o trono e expandiu suas fronteiras, aumentando seu poder sobre o reino. Pois, ao contrário dos merovíngios, ao conquistar novas terras e distribuí-las aos aristocratas, exigia um compromisso de lealdade com o rei suserano.

Carlos Magno também contou com o apoio da Igreja, que assim, propagava o cristianismo aos povos conquistados. Sendo inclusive coroado como imperador do novo Império Romano do Ocidente.